Reajuste dos servidores é discutido entre prefeito e vereadores.

30/11/2015

A presidente da Câmara de Pirangi, vereadora Bila Busnardo, convocou os vereadores para participar da sessão extraordinária, ocorrida no último dia 26 de novembro, com a presença do prefeito Brás de Sarro, para tratar da recomposição de perdas diante da inflação no período de 2015 para os salários de 2016 dos servidores públicos municipais. A solicitação partiu do vereador João Albani Neto, autor de requerimento pedindo a presença do prefeito na Câmara para explicar os motivos de não existir previsão na lei orçamentária do ano que vem para o reajuste dos servidores em 2016.

De forma unânime, os vereadores demonstraram preocupação devido a falta de reajuste e pressionaram o chefe do Executivo em busca de aumento salarial para os funcionários públicos. Para os parlamentares, o servidor não pode ser penalizado. Eles argumentaram que não podem permitir a "crise nacional" como justificativa para cortes e perdas dos servidores municipais. Enquanto os vereadores cobravam o aumento, o prefeito bateu na mesma tecla e reiterou inúmeras vezes que a prefeitura não tem mais como cortar sem prejudicar os serviços públicos e sem inviabilizar o funcionamento da máquina pública.

Brás concordou que é um pleito justo, mas admitiu dificuldades para reajustar os salários dos servidores. A sua preocupação é com a falta de recursos, embora assegurou que "a prefeitura não está quebrada". Outro problema legal seria a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que estabelece limites de despesas com pessoal. Segundo números passados pela própria administração, o percentual da folha de pagamento em relação a receita municipal gira em torno de 49%. Para piorar ainda mais, a economia está em recessão com reflexo negativo na arrecadação.

Bastante cobrado pelos vereadores, Brás prometeu fazer uma análise financeira no início do ano para estudar a proposta sobre um possível reajuste de cerca de 10% em fevereiro, no entanto, não quis assumir qualquer compromisso. "Não vou garantir", disse. Ele ouviu diversas sugestões dos vereadores que defenderam o corte de gratificações, horas extras, cargos em comissões, diárias de agentes políticos e até redução da circulação dos veículos da prefeitura na cidade.

Durante a reunião, o prefeito deixou claro que prefere ter a reivindicação para o aumento do que ter a reclamação do atraso de salários. "A preocupação é manter o pagamento [dos salários] em dia. [Até hoje] estamos pagando os salários [de forma] pontual", ressaltou. Mais adiante chegou a dizer "estamos contando as moedinhas para pagar os salários [dos funcionários]".

Por fim, Bila esclareceu que, juntamente com todos os vereadores e funcionários do Legislativo, tem feito economia na Casa para ajudar a comunidade pirangiense. De acordo com a presidente, o dinheiro em caixa será devolvido à prefeitura no final do ano e pode garantir o pagamento do 13º salário dos servidores municipais.